terça-feira, 12 de agosto de 2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

gravidez

os nove meses de gravidez foram longuíssimos. claro que agora que já passou e ela nasceu a gente acha que foi rápido, mas eu bem me lembro da aflição. a vontade de dar certo e realizar aquele sonho era tanta, que cada minuto era notável. a cada mês que passava era um sensação nova, uma alegria e uma aflição. como eu trabalho em uma livraria, acabei lendo a maior parte dos livros. as vezes lia meio na diagonal, porque ficava muito impressionada. os livros me deixavam muito paranóica. pelo menos eu achei fiquei. na verdade eu queria ler algo do tipo: 'relaxa porque não há nada que você possa fazer", ou então "fique tranquila, vai dar tudo certo", ou ainda " estatisticamente falando, o normal é dar certo". mas não, os livros te falam até para anotar quantas mexidas o nenem dá e em quanto tempo....

claro que não estou fazendo apologia contra leitura, mas apenas um toque para que isso não seja o norte da sua gravidez. acredite na sua intuição. converse com o nenem. faça coisas que te faça feliz, assim você agrada a ele e a você também.

o meu médico me pedia em média uma ultrassonografia por mês. para poder acompanhar o crescimento melhor, eu resolvi fazer um 'scrapbook' da gravidez. comprei um álbum e saí colando todos os exames e ultras durante todo o período. isso me ajudou a ficar mais próxima da nenem e do período. era um momento meu e dela. além disso eu aproveitei para escrever para ela o que eu sentia. espero um dia poder ler tudo pra ela e enquanto isso, fico olhando e curtindo cada momento que passou.

primeiro contato

depois que a manuela nasceu e eu vi que realmente era verdade, que realmente tinha alguém dentro de mim, eu fiquei maluca. primeiro porque não queria dormir pois dormir era sinônimo de rejeição. e se ela precisasse de mim? depois porque passava todo o meu tempo olhando e analisando e tocando ela, como se ela não estivesse ali. enquanto ela chorava copiosamente eu ficava admirando ela ela, achando linda...vendo a boquinha dela, a gargantinha, a gengivinha. pra finalizar, gastava todo o tempo que ela dormia, tentando fazer as pases comigo mesma. tentando me convencer de que se ela chorava era pra fazer alguma coisa e não ficar olhando. discutindo a relação comigo mesma porque eu já me achava uma péssima mãe...